domingo, 30 de novembro de 2008

Mistura de tribos: Héteros que curtem baladas GLS

Será que a frase “um estranho no ninho” ainda pode ser usada ao se falar de héteros em baladas gays?
Hoje se vê um grande número de “hts” que freqüentam ou que dizem ter vontade de conhecer as famosas baladas GLS.
Mas o que faz com que essas tribos diferentes se unam em um mesmo ambiente? O estudante de gastronomia, Fernando Mattozo, 22 anos, afirma que é pelo local descontraído. “É tudo muito divertido, o atendimento nesses lugares é muito melhor, sem falar que é mais fácil de se fazer amizade, as pessoas são mais liberais”.
Há quem diga que só vai porque tem amigos gays que freqüentam, que não tem nenhum interesse, mas os gays rebatem dizendo que a maioria vai por ter curiosidade de experimentar, “atender” alguém do mesmo sexo.
“Não sou gay, mas adoro ir a balada GLS com meus amigos “babados” (gays), nós vamos literalmente para dançar, rir muito. Me sinto muito mais segura nesses lugares, ninguém te desrespeita, nem tenta te pegar a força”, conta a publicitária Anna Aleixo, 24 anos.
Mas o que os anfitriões da “ferveção” tem a dizer sobre esses supostos invasores?
“Não vejo problema nessa mistura, acredito inclusive, que deveria ser assim lá fora também. Todos convivendo harmoniosamente, respeitando a opção sexual do outro. Mas acho “uó” (ruim) quando os homens héteros vão ao nosso ambiente procurar confusão, é o nosso ambiente e desejamos respeito”.
O Empresário de eventos Marcelo Zannon, 35 anos, afirma que já fez vários eventos em boates gays.
“O público gay procura lugares estruturados para sua diversão, respeito e muita festa. Eles são muito extravagantes e é nesses lugares que eles se sentem á vontade, deixam fluir seus desejos, seu verdadeiro eu. Eles sabem que aquele território é deles, e no geral não reclamam quanto à presença de héteros no local”.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

EX LIDER ESTUDANTIL GILSE COSENZA RELATA SUA DURA EXPERIÊNCIA DURANTE O MOVIMENTO DE 1968


Durante o debate da semana de 1968 “O sonho acabou?” na faculdade Estácio de Sá do campos Prado, a assistente social Gilse Cosenza, 64 anos, emocionou alunos e professores, contando sobre sua participação nos movimentos estudantis em 68.
A palestra iniciou com a participação do diretor Rubio Andrade, relembrando os principais fatos que ocorreram nas décadas de 60 e 70, como os movimentos estudantis, hippies, feministas, musicais (tropicália), etc.
Logo após a introdução, a simpática e lutadora Gilse, iniciou seu depoimento sobre a época da ditadura.”Foi uma época de muita violência e terror”, afirma.
De acordo com Gilse, os jovens de hoje não fazem idéia do que foi aquele período marcado por mais de 400 assassinatos pelo governo militar brasileiro.
Gilse conta que sempre lutou pelos seus objetivos, e que em sua juventude teve de lutar pelos seus direitos logo cedo.Seu pai dizia que universidade não era coisa de mulher, mas Gilse passou por cima deste preconceito, dentre muitos outros que aflingiam as mulheres na época, e passou no vestibular da PUC.
Em defesa da luta pela liberdade, Gilce conta que no dia do golpe 64, ela juntou-se há alguns colegas revolucionários e foi até a praça da liberdade fazer uma manifestação.Porém como na maioria das vezes, o protesto acabou com muita violência.
Houve um momento em que toda a platéia se calou, como forma de demonstrar seu respeito, ou mesmo de abafar a emoção. Gilse contou em detalhes, os momentos de tortura pelos quais passou enquanto estava presa por nove meses.
Hoje Gilse é representante da União Brasileira Das Mulheres, além de uma constante lutadora pela liberdade.
Ao ser questionado se o sonho acabou, o estudante de publicidade Felipe Fonseca, disse acreditar que não, pois segundo ele, apesar do governo conseguir abafar a maioria dos protestos pela liberdade, ele afirma que sempre existirão Gilses pelo Brasil afora, que farão sempre a diferença.
Foto:www.vermelho.org.br
Kátia Portilho

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bahia promove grande debate sobre TV pública e a democratização do conteúdo no país

Com o tema "Conteúdo Multimídia e Serviços Digitais para o Brasil Digital", o 52º Painel Telebrasil, que acontece de 04 a 08 de junho, na Costa do Sauípe, na Bahia, promove um grande debate sobre democratização da tv, a produção de conteúdo multimídia, programação de conteúdo multimídia, prestação de serviços de telecomunicações dentre outros.
O evento contará com a presença de presidentes das principais operadoras do país, representantes das tvs, políticos e dirigentes de entidades reguladoras. Uma das apresenteções do evento será da presidente da Empresa Brasil de Comunicação Tereza Cruvinel. Em entrevista no jornal Correio da Bahia, a presidente da EBC, garante que a TV Brasil, que faz parte da EBC, terá uma programação diferenciada das transmitidas pelas televisões comerciais, onde segundo a executiva há uma dependência entre a audiência e a publicidade.
Em entrevista no Diário Oficial de Pernambuco, o deputado Coronel José Alves do partido democrático Trabalhista em Brasília (PDT), afirmou que foram definidas várias bandeiras para o partido, principalmente neste ano eleitoral.Uma delas será a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil.
Atualmente vem-se discutindo muito não somente sobre a democratização do Conteúdo da TV no Brasil, mas sobre a democratização dos meios de comunicação num todo, onde mais do que nunca é importante retomar o que significa efetivamente discutir o direito à comunicação e à informação num mundo global em que a velocidade com que os fatos e não fatos circulam são realmente extraordinários. Esta é uma discussão que rebaterá tanto nas questões relacionadas à educação, quanto na concessão de licenças públicas para rádios e TVs, bem como toda a discussão sobre inclusão digital.
Kátia Portilho

segunda-feira, 7 de abril de 2008

DOMINGOS MEIRELES MINISTRA PALESTRA EM BELO HORIZONTE


O renomado jornalista, Domingos Meireles. esteve na última quinta-feira na Academia Mineira de Letras, localizada na região central de Belo Horizonte.

A palestra teve início às 19:30 h e contou com a presença de estudantes da área de comunicação social e jornalistas, além do porta voz e presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró.

Domingos Meireles, formado em Mídia Impressa, iniciou a palestra relatando sua tragetória, até se tornar um jornalista conhecido em toda a mídia.

Meireles, ex vendedor de máquinas de escrever, iniciou sua carreira de jornalista em plena ditadura militar, no Jornal " A Última Hora", como combatente.A razão da mudança de profissão: “o estado de indignação” em que ficou com o Golpe de 64 e com o apoio de todos as outras empresas jornalísticas aos militares.

Desde então, o jornalista trabalhou em dezenas de veículos, como a revista "Realidade", da Editora Abril, o "Jornal Da Tarde", "O Globo, "Estadão" e após dois anos, como repórter especial da emissora Rede Globo.

Domigos, com dois livros lançados, conta que seu primeiro livro, já vendeu mais de sessenta mil cópias, e que para um país como o Brasil, esse é um número considerável.Ele afirma ainda, que o seus livros vieram com o intuito de estimular o interesse das pessoas pela leitura e pela história. "Esse país, é um país de não leitores e isso é pior que a Dengue!" Diz ele.

Questionado por um estudante sobre a importancia do jornal impresso, Domingos afirmou que o jornal é fonte primária, é um registro histórico de grande importância.

O jornalista complementa dizendo que a imprensa mundial passou por um grande momento de crise, e diz ser totalmente contra a informação compacta, utilizada nos jornáis atuais. "Sou totalmente contra o uso de no máximo 30 linhas".Afirmou ele, explicando que essa regra utilizada nos jornais de hoje é totalmente inadequada, pois a saída para a não decadência da mídia impressa, é o texto mais bem trabalhado, textos mais profundos.

Para finalizar a palestra Meireles falou sobre os atuais cursos de comunicação, que não exercitam o senso crítico dos estudantes. "Estão se formando gerações de profisionais extremamente dóceis, sem visão crítica, e isso também está contribuindo com a queda da qualidade dos jornais atuais". Finalizou ele.

Na saída do auditório, onde aconteceu a palestra, Domingos autografou os exemplares de seu livro, que foram vendidos por cinco reais para alguns estudantes felizardos.
Kátia portilho

quinta-feira, 13 de março de 2008

Reta Final

Após três anos de luta para permanecer na faculdade, chegou o momento mais difícil, colocar em prática tudo o que foi aprendido todo esse tempo. O que pode ser um "bicho de sete cabeças" para muitos, tem um nome muito simples: Monografia.
O estudante de jornalismo, Amarildo Alves de 21 anos, é um dos muitos estudantes que formam este ano na Faculdade Estácio De Sá, e um dos poucos que já tem o tema em mente.
O estudante tem verdadeira paixão pelo jornalismo esportivo e afirma que será essa a área escolhida para atuar no Mercado de trabalho.
O projeto de Amarildo abordará a violência nos estádios de futebol. " O futebol está sendo manchado por vândalos, que se dizem torcedores, mas eles estão afastando os verdadeiros torcedores dos estádios", afirma ele. Amarildo complementa ainda que, sua intenção é produzir um vídeo - documentário, investigativo, com objetivo de encontrar uma solução para esse grande problema, que só vem aumentando nos estádios.
O jovem apaixonado por futebol deixa seu recado a todos que assim como ele, estão "quebrando a cabeça" com um tema: "Corram atrás, não deixem nada para depois e principalmente escolham um tema com o que você realmente tem afinidade, pois é muito mais facil trabalhar em algo que se gosta".
Kátia Portilho.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008