
O renomado jornalista, Domingos Meireles. esteve na última quinta-feira na Academia Mineira de Letras, localizada na região central de Belo Horizonte.
A palestra teve início às 19:30 h e contou com a presença de estudantes da área de comunicação social e jornalistas, além do porta voz e presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró.
Domingos Meireles, formado em Mídia Impressa, iniciou a palestra relatando sua tragetória, até se tornar um jornalista conhecido em toda a mídia.
Meireles, ex vendedor de máquinas de escrever, iniciou sua carreira de jornalista em plena ditadura militar, no Jornal " A Última Hora", como combatente.A razão da mudança de profissão: “o estado de indignação” em que ficou com o Golpe de 64 e com o apoio de todos as outras empresas jornalísticas aos militares.
Desde então, o jornalista trabalhou em dezenas de veículos, como a revista "Realidade", da Editora Abril, o "Jornal Da Tarde", "O Globo, "Estadão" e após dois anos, como repórter especial da emissora Rede Globo.
Domigos, com dois livros lançados, conta que seu primeiro livro, já vendeu mais de sessenta mil cópias, e que para um país como o Brasil, esse é um número considerável.Ele afirma ainda, que o seus livros vieram com o intuito de estimular o interesse das pessoas pela leitura e pela história. "Esse país, é um país de não leitores e isso é pior que a Dengue!" Diz ele.
Questionado por um estudante sobre a importancia do jornal impresso, Domingos afirmou que o jornal é fonte primária, é um registro histórico de grande importância.
O jornalista complementa dizendo que a imprensa mundial passou por um grande momento de crise, e diz ser totalmente contra a informação compacta, utilizada nos jornáis atuais. "Sou totalmente contra o uso de no máximo 30 linhas".Afirmou ele, explicando que essa regra utilizada nos jornais de hoje é totalmente inadequada, pois a saída para a não decadência da mídia impressa, é o texto mais bem trabalhado, textos mais profundos.
Para finalizar a palestra Meireles falou sobre os atuais cursos de comunicação, que não exercitam o senso crítico dos estudantes. "Estão se formando gerações de profisionais extremamente dóceis, sem visão crítica, e isso também está contribuindo com a queda da qualidade dos jornais atuais". Finalizou ele.
Na saída do auditório, onde aconteceu a palestra, Domingos autografou os exemplares de seu livro, que foram vendidos por cinco reais para alguns estudantes felizardos.
Kátia portilho
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