quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bahia promove grande debate sobre TV pública e a democratização do conteúdo no país

Com o tema "Conteúdo Multimídia e Serviços Digitais para o Brasil Digital", o 52º Painel Telebrasil, que acontece de 04 a 08 de junho, na Costa do Sauípe, na Bahia, promove um grande debate sobre democratização da tv, a produção de conteúdo multimídia, programação de conteúdo multimídia, prestação de serviços de telecomunicações dentre outros.
O evento contará com a presença de presidentes das principais operadoras do país, representantes das tvs, políticos e dirigentes de entidades reguladoras. Uma das apresenteções do evento será da presidente da Empresa Brasil de Comunicação Tereza Cruvinel. Em entrevista no jornal Correio da Bahia, a presidente da EBC, garante que a TV Brasil, que faz parte da EBC, terá uma programação diferenciada das transmitidas pelas televisões comerciais, onde segundo a executiva há uma dependência entre a audiência e a publicidade.
Em entrevista no Diário Oficial de Pernambuco, o deputado Coronel José Alves do partido democrático Trabalhista em Brasília (PDT), afirmou que foram definidas várias bandeiras para o partido, principalmente neste ano eleitoral.Uma delas será a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil.
Atualmente vem-se discutindo muito não somente sobre a democratização do Conteúdo da TV no Brasil, mas sobre a democratização dos meios de comunicação num todo, onde mais do que nunca é importante retomar o que significa efetivamente discutir o direito à comunicação e à informação num mundo global em que a velocidade com que os fatos e não fatos circulam são realmente extraordinários. Esta é uma discussão que rebaterá tanto nas questões relacionadas à educação, quanto na concessão de licenças públicas para rádios e TVs, bem como toda a discussão sobre inclusão digital.
Kátia Portilho

segunda-feira, 7 de abril de 2008

DOMINGOS MEIRELES MINISTRA PALESTRA EM BELO HORIZONTE


O renomado jornalista, Domingos Meireles. esteve na última quinta-feira na Academia Mineira de Letras, localizada na região central de Belo Horizonte.

A palestra teve início às 19:30 h e contou com a presença de estudantes da área de comunicação social e jornalistas, além do porta voz e presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró.

Domingos Meireles, formado em Mídia Impressa, iniciou a palestra relatando sua tragetória, até se tornar um jornalista conhecido em toda a mídia.

Meireles, ex vendedor de máquinas de escrever, iniciou sua carreira de jornalista em plena ditadura militar, no Jornal " A Última Hora", como combatente.A razão da mudança de profissão: “o estado de indignação” em que ficou com o Golpe de 64 e com o apoio de todos as outras empresas jornalísticas aos militares.

Desde então, o jornalista trabalhou em dezenas de veículos, como a revista "Realidade", da Editora Abril, o "Jornal Da Tarde", "O Globo, "Estadão" e após dois anos, como repórter especial da emissora Rede Globo.

Domigos, com dois livros lançados, conta que seu primeiro livro, já vendeu mais de sessenta mil cópias, e que para um país como o Brasil, esse é um número considerável.Ele afirma ainda, que o seus livros vieram com o intuito de estimular o interesse das pessoas pela leitura e pela história. "Esse país, é um país de não leitores e isso é pior que a Dengue!" Diz ele.

Questionado por um estudante sobre a importancia do jornal impresso, Domingos afirmou que o jornal é fonte primária, é um registro histórico de grande importância.

O jornalista complementa dizendo que a imprensa mundial passou por um grande momento de crise, e diz ser totalmente contra a informação compacta, utilizada nos jornáis atuais. "Sou totalmente contra o uso de no máximo 30 linhas".Afirmou ele, explicando que essa regra utilizada nos jornais de hoje é totalmente inadequada, pois a saída para a não decadência da mídia impressa, é o texto mais bem trabalhado, textos mais profundos.

Para finalizar a palestra Meireles falou sobre os atuais cursos de comunicação, que não exercitam o senso crítico dos estudantes. "Estão se formando gerações de profisionais extremamente dóceis, sem visão crítica, e isso também está contribuindo com a queda da qualidade dos jornais atuais". Finalizou ele.

Na saída do auditório, onde aconteceu a palestra, Domingos autografou os exemplares de seu livro, que foram vendidos por cinco reais para alguns estudantes felizardos.
Kátia portilho